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Microrganismos bons do Sul Asiático para a América do Sul

O solo sem vida, desgastado por anos de lavoura e fertilizantes químicos, pode ser recuperado com a ajuda de microrganismos benéficos. Um vídeo sobre esse assunto, "Microrganismos bons para as plantas e o solo", explica como fazer um líquido rico em microrganismos benéficos, que você pode aplicar ao solo e às plantações. Ele foi filmado na Índia e agora está disponível em 23 idiomas, incluindo o espanhol.

Diego Mina e Mayra Coro são pesquisadores que trabalham com comunidades de pequenos proprietários na província de Cotopaxi, Equador, onde exibiram a versão em espanhol do vídeo sobre microrganismos para vários grupos. Em seguida, Diego e Mayra enviaram o vídeo para cada agricultor por WhatsApp, acompanhado de uma demonstração em que misturaram açúcar mascavo, urina de vaca, esterco e farinha de leguminosa em um balde e o fermentaram.

Um dos agricultores era Blanca Chancusig, que tem uma pequena lavoura de milho e porquinhos-da-índia, coelhos, um porco e algumas vacas leiteiras. Dona Blanca explicou como fez a mistura e guardou em garrafas plásticas recicladas. Ela dissolveu um litro da mistura em 10 litros de água e pulverizou sua plantação de milho e tremoço. Ela gostou tanto do resultado que agora está fazendo a mistura por conta própria. "Nós temos todos os ingredientes", diz ela.

A receita do vídeo pede farinha de grão-de-bico, que é comum na Índia, mas rara no Equador. Então, Diego e Mayra adaptaram, explicando aos agricultores que eles poderiam usar a farinha de qualquer leguminosa, como a fava, por exemplo.

"A farinha de fava era o único ingrediente que não tínhamos”, Dona Blanca explicou, “mas conseguimos um pouco”. Um ano depois de ter visto o vídeo indiano, Dona Blanca ainda estava cultivando microrganismos bons por conta própria, no Equador.

Estive no Equador com Paul e Marcella, filmando um vídeo sobre insetos benéficos, com a participação de Dona Blanca e outros agricultores. Perguntamos a ela o que achou de assistir a um vídeo com agricultores de outros países. "Achei ótimo, aprendi muito", disse ela.

Os burocratas nos dizem com frequência que os agricultores não conseguem aprender com seus pares de outros países, alegando erroneamente que os vídeos têm que ser feitos novamente em cada país. Supostamente, os agricultores só podem aprender com colegas de seus próprios países.

Como mostra esse exemplo, desde que os vídeos sejam bem feitos, expliquem os princípios e sejam traduzidos para os idiomas locais, os agricultores podem aprender com pequenos proprietários inovadores de outros países. Os agrônomos criativos também podem facilitar o aproveitamento dos vídeos, compartilhando-os e ajudando os agricultores a adaptarem os conceitos. De certa maneira, faz mais sentido compartilhar vídeos de outros países do que do próprio país, porque as ideias são mais inovadoras.

Em fevereiro, estávamos no Equador filmando um vídeo sobre plantas floríferas para promover os insetos benéficos. Ele agora está disponível em inglês, francês, kichwa e espanhol, e em breve poderá haver versões em idiomas da Índia, o que permitirá que os agricultores do Sul Asiático possam aprender com os agricultores da América do Sul.

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