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Ciência do solo: diferente, mas correta

Soil science, different but right

O solo é a base da agricultura e, portanto, de quase todos os nossos alimentos, mas agricultores e cientistas veem o solo de maneiras completamente diferentes, embora igualmente válidas.

Eu estava recentemente na Bolívia, fazendo um vídeo com Paulo e Marcella sobre testes de solo que os extensionistas podem fazer com os agricultores. Nosso especialista local foi Eliseo Mamani, um talentoso agrônomo boliviano.

Antes de nossa visita, Eliseo havia preparado três testes de solo em colaboração com o cientista de solo Steve Vanek. Um dos testes usa garrafas, peneiras e pano para separar a matéria orgânica particulada, ou MOP, migalhas de cor castanho-escuro de resíduo vegetal e animal rico em carbono, que alimenta as plantas. Um solo bom tem mais MOP do que um solo pobre.

Na preparação para nossa visita, Eliseo vinha realizando testes de solo com agricultores locais. Ele nos apresentou Victoria Quispe, que cultiva e pastoreia lhamas e ovelhas com seu marido. Perguntei a dona Vitória qual era a característica de um bom solo. Pensei que ela responderia algo relacionado com matéria orgânica rica. Ela também poderia ter mencionado o pH neutro, já que em um dos testes que Eliseo havia ensinado se usa papel de pH para verificar se o solo é muito ácido ou muito alcalino.

Mas não, dona Victoria disse: "Sabemos quando o solo é bom pelas plantas que crescem nele". A resposta faz todo o sentido. Essas comunidades do alto Altiplano cultivam batatas por um ano, depois quinoa por um ano e, em seguida, pousiam a terra por pelo menos seis anos. Nesse meio tempo, os pampas altos ficam cobertos com capim agulha nativo e várias espécies de mato nativo chamadas t'ula.

No final do dia, Eliseo levou quatro agricultores a fazerem o teste de MOP. Eles coletaram solo de um campo bem descansado e de um que havia sido cultivado recentemente. O grupo lavou uma amostra de solo de cada campo e peneirou cuidadosamente o MOP, pequenos pedaços com cerca de 2 mm de diâmetro.

Em seguida, Eliseo cuidadosamente organizou as partículas em pequenos discos em um pedaço de papel branco. A terra do solo cansado produziu MOP suficiente apenas para fazer um disco de 2 cm de diâmetro. Mas o círculo do solo descansado tinha 6 cm de diâmetro.

Em outras palavras, o solo bem descansado era coberto de plantas nativas e tinha muito mais matéria orgânica particulada do que o solo cansado, que tinha apenas uma leve cobertura de plantas. O teste científico e o conhecimento local chegaram à mesma conclusão de que o pousio pode melhorar o solo.

Os cientistas do solo tendem a olhar para a composição do solo. Os agricultores percebem o que vai crescer nele. O conteúdo do solo e sua ecologia são importantes, mas vale a pena notar que os cientistas e a população local podem olhar para o mundo de maneiras diferentes, e ambos podem estar certos.

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Agradecimentos

Eliseo Mamani trabalha para a Fundação Proinpa. Esse trabalho foi possível com o apoio do Collaborative Crop Research Program (CCRP) da Fundação McKnight

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